Louvor e Adoração um chamado ao Serviço e não ao Glamour

O ministério de louvor é antes de tudo um chamado ao serviço. Servir a Deus com a vida e servir à igreja com entrega e obediência. Mas infelizmente muitos têm confundido esse chamado com palco, visibilidade e reconhecimento.

Quando isso acontece, o louvor deixa de ser expressão de rendição e passa a ser apenas performance. O altar que deveria ser lugar de entrega se torna vitrine. E assim nos afastamos do verdadeiro sentido da adoração.

A Bíblia nos mostra que Lúcifer conhecia a arte da adoração como ninguém, mas o seu coração se corrompeu (Ez 28:13-17). Isso nos ensina que não basta ter talento, voz ou técnica, é preciso ter um coração puro e rendido diante de Deus. O Senhor não procura apenas ministros habilidosos, mas vidas consagradas.

Nosso chamado vai muito além de cantar bem ou tocar com excelência. Vai além da escala de culto e dos ensaios. O verdadeiro ministério nasce no secreto quando não há microfone, quando não existe plateia, quando só há você diante de Deus. É nesse lugar escondido que Ele prova a verdade da nossa adoração.

Vivemos um tempo em que muitas canções são bonitas, mas exaltam mais o homem do que o Senhor. Porém, a adoração genuína não tem o ser humano como centro.

As canções que ministramos devem revelar quem Deus é, sua grandeza, santidade e bondade, conduzindo a igreja a contemplar a Sua glória. Romanos 12:1 nos lembra que o culto verdadeiro não se limita à música, mas é a vida oferecida como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

A canção é expressão, mas a adoração é estilo de vida. Por isso, o verdadeiro ministro de louvor não busca ser visto, mas fazer Deus ser visto. Não deseja aplausos, mas que corações sejam conduzidos à presença do Pai.

Hoje, o Senhor nos chama de volta. Vinde e tornemos para o Senhor (Os 6:1). Ele nos convida a retornar à essência, ao altar, à vida de entrega e santidade. Porque louvor e adoração não são sobre nós. São sobre Ele, sempre sobre Ele.