Louvor e Adoração
Publicado em 14/05/2024
Há alguns anos, esse foi um tema muito explorado no meio dos ministérios musicais em todo o Brasil. Me lembro que o ministério chamado Casa de Davi, liderados por Mike Shea e Davi Silva, ministrava muito a esse respeito. Eles produziram muitas canções e seminários falando sobre uma liberdade na expressão de adoração cunhada pelo termo "Adoração Extravagante".
Confesso que me alegra e me traz um sentimento de nostalgia lembrar e escrever a esse respeito neste tempo e para essa geração! Espero que, apesar desse pequeno relato, sua vida seja edificada e sua adoração a Deus seja cada dia mais livre e extravagante.
Em Lucas 7.38 lemos:
Jesus era o convidado principal e também o centro das atenções de todos os grupos que se encontravam naquela casa e naquele dia. Estavam ali fariseus, seus discípulos e alguns penetras (imagino eu!), mas como chegaram na casa com Jesus, permaneceram no local e não foram expulsos da reunião.
Jesus deixa evidente que havia um ritual para receber uma visita em sua casa (água para os pés, pois as pessoas andavam grandes distâncias a pé calçando apenas sandálias, além do caminho ser cheio de terra e poeira era dividido com todo tipo de animal doméstico e muita sujeira era feita por eles no caminho). Água para lavar os pés era um sinal de boa recepção e respeito ao ilustre convidado. Outro rito muito comum era o ósculo (beijo no rosto), outro sinal para que o convidado se sentisse à vontade, pois estava em um lugar onde era bem-vindo. Mas infelizmente nada disso aconteceu.
Todas essas boas práticas não foram observadas pelo anfitrião. Além de tudo isso, o anfitrião, um fariseu, teceu comentários criticando e discriminando uma certa mulher que estava por detrás de Jesus, muito provavelmente ajoelhada, derramando lágrimas sobre os pés de Jesus, secando com seus cabelos, ungindo com bálsamo e ainda beijava os seus pés.
Jesus foi obrigado a ensinar uma lição a todos que estavam naquela reunião, a começar pelo fariseu anfitrião. Nesta hora, ele chama a Pedro e, por uma metáfora, ensina como toda a negligência nos ritos para receber uma visita, na verdade, era uma soberba no coração de muitos ali, pois se julgavam melhores que as outras pessoas e principalmente melhores do que aquela mulher. Ele ensina que muitos pecados necessitam de muito arrependimento, muito arrependimento necessita de muito perdão e muito perdão necessita de muito amor. E só Deus em Jesus é capaz de transbordar o amor dessa maneira, e não há pecado que seja capaz de superar a medida do amor de Deus. Por isso, está escrito em João 3.16: " Deus amou o ser humano de tal maneira”.
Trazendo para os dias atuais, quantas vezes convidamos Jesus para nossas reuniões, e Ele nos atende e sempre vem. Mas muitas vezes não o recebemos com reverência, com respeito, com honra. Quantas vezes olhamos para outras pessoas e julgamos o seu comportamento? Nessas horas, somos como aquele fariseu, ou como qualquer outro que estava naquela sala, inclusive os discípulos. A crítica e a soberba tomam conta das nossas atitudes e Jesus reprova essa prática.
Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós, que sois de ânimo dobrado, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará. Thiago 4.
Por outro lado, se nos comportamos como aquela mulher, que amou de tal maneira aquele convidado tão especial, que mesmo diante das críticas, diante dos comentários e olhares altivos, não se importou e adorou ao Senhor de uma forma extravagante.
Ela nos ensina que, quando Jesus está no ambiente, onde nós mesmo o convidamos, nada e nem ninguém é mais importante que Ele. Que nenhum julgamento, olhares, palavras e atitudes nos reprima ou nos impeça de adorá-lo assim como aquela mulher o adorou. Que nós tenhamos a mesma ousadia daquela mulher de adorar a Jesus de uma forma extravagante, mesmo em um ambiente cheio de fariseus.
Amém?
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