Preparando uma Geração - Parte 4

Precisamos entender que, para prepararmos uma geração, é necessário suor e lágrimas. Suor porque dará muito trabalho, e lágrimas porque esse trabalho precisa ser regado com lágrimas de intercessão. Precisamos entender que não basta apresentarmos um livro de regras, de faça ou não faça, pois isso é apenas uma superficialidade da religião.

Quando Jesus começou o seu ministério, Ele bateu de frente com o grupo dos escribas e fariseus, que eram homens que conheciam a lei, mas não tinham, nem de longe, um relacionamento com Deus. Eles seguiam cegamente as regras para se mostrarem mais justos que os demais, e não para buscar a vontade de Deus.

Se apresentarmos aos nossos filhos apenas uma lista de regras do que eles devem ou não fazer, estaremos sendo, para eles, uma versão atual do que os escribas e fariseus eram na época de Jesus. Precisamos sair da superficialidade da religião, para que eles conheçam não apenas a letra, mas o coração de Deus Pai.

Nós podemos tirar muitas lições da parábola do filho pródigo (Lucas 15.11-32), mas algo que ficou evidenciado nessa parábola é que o coração do filho não estava mais com o pai. O próprio Jesus declarou em Mateus 6.21: “Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração”. Ou seja, o seu coração estará naquilo que você dá importância, e o coração do filho pródigo estava longe do pai há muito tempo.

Por isso, corremos o grande risco de estarmos criando uma geração que “cumpre” todas as regras, mas o seu coração já está distante de nós e, consequentemente, do próprio Deus. Portanto, quando Jesus escolheu os doze discípulos, não lhes apresentou as regras primeiro, e sim a mesa, porque a mesa fala de comunhão, de relacionamento, de aprofundamento das relações.

Essa é uma grande lição que devemos seguir: ganhando o coração dos nossos filhos na mesa, eles não vão querer estar em outro lugar senão na casa do Pai. Já disse anteriormente que o mundo é o concorrente direto, que busca incessantemente ganhar o coração dos nossos filhos, e esse sistema investe pesado nisso, criando, a todo instante, um atrativo diferente para distrair e ludibriar essa geração.

Cabe a nós oferecermos algo de grande valor, para que essa geração rejeite o mundo e escolha viver um relacionamento íntimo e profundo com Deus.