O coração de uma criança é de quem chega primeiro 

Minha jornada com Jesus começou na infância. Eu cresci em meio ao caos de uma família disfuncional. Mas havia uma luz: minha avó. Uma mulher de fé inabalável — a maior que já conheci. Foi ela quem, domingo após domingo, me levava à igreja. E lá estava eu, pequena, levantando minha mão e dizendo "sim" para Jesus, toda semana — rs, do jeitinho que só uma criança entende e sente.

Meus pais eram separados e longe de Deus. Lembro como se fosse hoje: numa EBF da comunidade onde morávamos, me ajoelhei e pedi a Deus que unisse minha família. Naquele ambiente cheio de músicas e histórias bíblicas, havia um homem chamado Tio Fernando, com alegria e entusiasmo e seu amor por Jesus... se fecho os olhos, ainda consigo vê-lo guiando aquelas dezenas de crianças com tanto zelo e paixão.

E Deus me ouviu. Aos 7 anos, fui daminha no casamento dos meus pais. E pude ver os dois descendo às águas do batismo, agora como uma família unida... em Cristo.

Sabe por que compartilho isso?

Porque o coração de uma criança é uma terra fértil. E quem chega primeiro planta as sementes mais profundas.

Você, pai, mãe, avó, tia, líder de ministério, vizinha, amiga... quando decide levar uma criança à igreja, orar com ela, ensinar uma canção sobre Jesus, contar uma história da Bíblia — pode até achar que é simples. Mas é poderoso. É eterno.

Cada gesto, cada palavra, cada domingo... é uma semente que pode florescer em frutos eternos.

Por isso, não desista. Não pense que é em vão. Discipular uma criança é uma das missões mais sagradas que podemos abraçar e que deve começar em casa, mas isso é um tema para outro dia.

Chegou a hora de unirmos forças — família e igreja — para garantir que Deus seja o primeiro a alcançar o coração dos nossos pequenos.

Porque quem chega primeiro, marca para sempre.