Devocional
Publicado em 07/02/2025
O ano de 2025 começou de forma trágica em minha família. No dia 9 de janeiro eu perdi a minha irmã para a depressão, confesso que ainda não estou preparado para falar sobre isso de forma detalhada, mas quero dar esse contexto para que você entenda sobre o que falaremos hoje. Com a notícia desta tragédia eu perdi o chão, fiquei entorpecido toda aquela semana com um turbilhão de pensamentos que me tiraram tanto a paz como o sono.
No outro final de semana eu tinha uma viagem marcada com alguns amigos, e decidi ir aquela viagem, ainda que meio conduzido pela minha esposa, pois estava anestesiado por tudo que estava passando. Primeiro precisávamos comprar alguns itens de sobrevivência (comida) no mercado, fizemos isso no dia anterior a viagem, o que foi um erro, pois chegamos tarde em casa e não conseguimos dormir à noite.
Viajamos pela manhã já cansados, e quando chegamos ao local a criançada já entrou na piscina, alguém já ligou o som no último volume, e de repente saí do meu estado de torpor pós-luto e me vejo dentro de uma casa com 7 adultos; cada um falando uma coisa diferente, 5 crianças ensandecidas, cachorro latindo, som no último volume, o caos instalado.
Eu me lembro que a primeira coisa que pensei foi: meu D’us, o que eu estou fazendo aqui? Foram três dias de experiências nunca vividas antes, um turbilhão de sentimentos. Rimos, choramos, brigamos, oramos, e ao final de tudo isso, quando voltamos a nossa vida normal e eu fiz um balanço de todos aqueles dias de luto, eu cheguei a conclusão que eu não estive sozinho em nenhum daqueles dias.
Cheguei a conclusão que aqueles dias serviram como morfina em minhas veias; naqueles dias não teve dor, quarto escuro, solidão, nada disso. Pelo contrário, eu pude colocar para fora toda a minha revolta diante de pessoas queridas em que confio, que seguram a minha mão quando preciso, que se alegram com as minhas vitórias e choram comigo quando preciso, e a pergunta que faço nesse momento é: será que sabemos o poder de uma amizade? Em Marcos capítulo 2 lemos a história de um paralítico que foi levado até Jesus por quatro amigos.
Esses homens não podendo entrar na casa pela porta por causa da multidão, fizeram um buraco no teto da casa e desceram o paralítico, e a bíblia diz que Jesus viu a fé deles. Sabemos que a palavra fé é geralmente traduzida como confiança, mas também pode ser traduzida como fidelidade e lealdade. Penso que nesse contexto qualquer uma dessas duas palavras traduziria bem o que Jesus viu naqueles homens; amizade genuína.
Qual é o poder de uma amizade?
A bíblia diz que Jesus escolheu doze discípulos para andar com ele, dos doze, três eram mais íntimos, mas dos três tinha um que ele amava, João.
Quando a bíblia diz que João era o discípulo amado de Jesus, ela não está dizendo que os outros onze eram menos amados, mas ela está querendo dizer que a relação entre Jesus e João havia ultrapassado as barreiras do ministério, eles eram amigos.
Isso é tão verdadeiro que quando Jesus foi crucificado apenas Maria e João ficam diante dele até o último suspiro, e antes de morrer Jesus confia Maria aos cuidados de João, porque via nele fidelidade, lealdade e amizade.
Esse artigo é uma homenagem aos meus amigos, não só os que estavam comigo na viagem, mas a todos aqueles que regam e nutrem esse sentimento por mim.
Agora o desafio que deixo para você caro leitor é que você encontre amigos verdadeiros, pois, eles serão cura e abrigo nas horas difíceis, mas se você já tem amigos assim, então mande esse artigo para ele, para que ele saiba o quanto é importante em sua vida.
“Algumas amizades não duram nada, mas um verdadeiro amigo é mais chegado que um irmão”. Provérbios 18.24
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