Vivendo a realidade de filho de D’us

Quando eu nasci, depois de 23 dias, o meu pai faleceu. Eu cresci sem ter uma referência de pai; era uma criança que odiava o dia dos Pais, porque na escola os professores sempre nos dava a lição de fazer uma lembrancinha para o pai, mas eu não tinha para quem levar aquela lembrancinha, então, sempre chegava entristecido em casa por causa disso. 

Quando analiso a minha vida hoje em dia, vejo o estrago que a ausência de um pai fez em minha vida. Na minha carência, eu sempre tentei preencher aquele vazio que a figura paterna deixou em minha vida com alguém que me inspirava, e esse lugar foi preenchido por muitas e muitas pessoas, porque, à medida que eu ia me frustrando com elas, aquele espaço se tornava vazio. Então eu tinha que encontrar outra referência para preencher aquela lacuna, até que eu me frustrei com uma pessoa, aliás, me frustrei comigo mesmo, pois eu acabava errando na tentativa de dar orgulho e arrancar algum tipo de elogio da pessoa que estava preenchendo esse lugar de ‘’pai’’ em minha vida.

 Ouvi algumas palavras duras dessa pessoa, fiquei muito triste e, quando fui desabafar com D’us, ele me disse:" Filho, essa pessoa não pode exigir tanto de você, porque, no momento em que você deveria ser ensinado a fazer o certo, nenhuma dessas pessoas que você colocou durante toda a sua vida como referência de pai estavam lá fazendo o papel de pai, e te ensinado a fazer o certo, eles não podem exigir de você algo que nunca te deram."

Eu nunca esperei ouvir essas palavras de D’us. Fiquei meditando um pouco sobre elas e vi que fazia sentido tudo o que ele me falou. Então eu disse: “Senhor, eu coloco essas pessoas como referências em minha vida porque eu quero fazer o que é certo, quero ser um homem justo e bom, quero ser referência para a minha filha.”

 Então ele me respondeu: “Se você quer ser justo e bom, e ser referência para a sua filha, então olhe para mim. Eu sou o seu Pai e eu te ensino a ser justo e bom.”

Desde esse dia a minha vida mudou, porque eu preenchi o vazio de referência paterna com o Pai celestial, e ele tem me ensinado de fato. O que eu tenho vivido nesses últimos anos é uma realidade da paternidade de D’us, que eu aprendi que ele quer que todos os seus filhos vivam. 

O que D’us sempre buscou na humanidade foi relacionamento, mas os homens não entenderam bem a proposta de D’us, mas Jesus veio destruir a figura distorcida que tínhamos de D’us e nos apresentou um pai amoroso, que busca relacionar-se com os seus filhos. Se você ainda não viveu esse nível de relacionamento com D’us, eu te convido hoje a experimentar a realidade de ser, de fato, filho de D’us.

 Salmos 103:13: "Como um pai trata com bondade os seus filhos, assim o SENHOR é bondoso para aqueles que o temem"